Fortalecimento da cadeia produtiva de energias renováveis está entre os diferenciais do RN para o setor

22/06/2021   16h33

As novas perspectivas de investimentos em energias renováveis no Rio Grande do Norte se abrem em um momento em que o estado tem a maior potência eólica instalada e prevista no Brasil para os próximos anos, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). E os desembolsos na área não param.

 

E não é só em terra – e nem apenas nessa fonte de energia – que engenheiros, meteorologistas e geógrafos da equipe estão de olho. Segundo o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do ISI-ER, Antonio Medeiros, a equipe se prepara para iniciar em julho a medições que irão apontar as melhores áreas para investimentos em geração de energia eólica no mar, a nova grande aposta do RN na área de energia, onde o estado já lidera a produção nacional.

 

Pesquisadores do ISI-ER e da Sedec na Estação Experimental de Terras Secas

 

As oportunidades vislumbradas em novas fronteiras para o estado foram apresentadas pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico em videoconferência com diversas instituições e representantes de indústrias, quando o secretário Jaime Calado citou o Atlas entre os estudos mais importantes em curso para futuros investimentos no estado.

 

“O setor de energia já vem realizando investimentos de peso no Rio Grande do Norte, aproveitando o potencial do estado para geração de energias renováveis em terra e ter agora um instrumento que dê subsídios sobre as possibilidades que existem também no mar é, sem dúvida, estratégico para o estado ampliar investimentos, abrir novos mercados e gerar empregos”, diz o presidente do Conselho Regional do SENAI-RN e do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo.

 

De acordo com o governo do estado, o Rio Grande do Norte tem R$ 7 bilhões em investimentos previstos até 2026 em energia eólica e R$ 2,3 bilhões em energia solar fotovoltaica – e outros potenciais negócios despontam no horizonte, agora, no mar. “O estado tem atualmente quatro projetos em desenvolvimento na costa, à espera de licenças ambientais”, disse Jaime Calado.

 

SOLAR

No caso da energia solar fotovoltaica, os trabalhos dos pesquisadores para elaboração do Atlas se concentrarão em áreas ainda sem grandes projetos em desenvolvimento, mas com muitos em fase de prospecção por microempreendedores.

 

“São empresas com menos recursos e a instalação de estações de medição inviabiliza qualquer projeto de geração distribuída. Dessa forma, para o dimensionamento dos projetos, os integradores (empresas que fazem a construção de usinas de micro e mini geração), em geral, utilizam plataformas com dados de satélite ou dados modelados, estimados, para fazerem estudos de viabilidade técnica e econômica dos projetos”, explica Antonio Medeiros, coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER.

 

O dado medido para o Atlas possibilitará que os integradores elaborem os projetos com menor incerteza do potencial solar, facilitando as aprovações junto aos bancos e financiadores do investimento.

 

Para Rodrigo Mello, diretor do ISI-ER e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), “o Rio Grande do Norte cria e fortalece a cada dia uma ambiência robusta para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor e esse é mais um diferencial do estado”.

 

O RN já possui um atlas de energias, que, com esse trabalho, passa por validação com tecnologias mais modernas em terra e no mar, nas energias eólica e solar. “Essa ferramenta é fundamental na tomada de decisão dos investidores e o RN sai na frente disponibilizando dados de geração de energia para o setor”, conclui.

 

 

 

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