Reportagem “Work Starts on Brazil’s First Offshore Wind Project, Pilot Expected to Come Online in 3 Years” destaca pioneirismo do projeto e próximos passos: Imagem mostra reunião do Conselho Regional do SENAI-RN, em que emissão da licença foi comemorada
A emissão da primeira licença do Brasil a um projeto de energia eólica offshore e os próximos passos do SENAI-RN, voltados ao empreendimento, foram manchete, nesta quinta-feira (26), no portal de notícias holandês offshoreWIND.biz.
Na reportagem “Work Starts on Brazil’s First Offshore Wind Project, Pilot Expected to Come Online in 3 Years” (Começam os trabalhos no primeiro projeto de eólica offshore do Brasil; planta-piloto deve entrar em operação em 3 anos) – https://www.offshorewind.biz/2025/06/26/work-starts-on-brazils-first-offshore-wind-project-pilot-expected-to-come-online-in-3-years/) – , assinada pela jornalista Adrijana Buljan, o veículo observa que o SENAI e o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), centro de pesquisa aplicada e inovação da instituição à frente do projeto, esperam receber a licença de instalação no prazo de 12 a 18 meses, e colocá-lo em operação em até 36 meses.
O empreendimento, um Sítio de Testes para a realização de estudos e o desenvolvimento de tecnologias que ajudem a subsidiar investimentos do setor, é o primeiro projeto de energia eólica offshore do país a obter licença prévia. A cerimônia que oficializou a emissão da licença foi realizada terça-feira (24), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília.
“Agora precisamos acelerar, porque teremos um ano e meio para desenhar toda a concepção, atender aos condicionantes, concluir os projetos e, em seguida, avançar para a implementação dessa planta-piloto, que marcará o início da geração real de energia eólica offshore no Brasil. Esta é uma vanguarda muito importante”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, que também preside o Conselho Regional do SENAI-RN, em declaração publicada na reportagem.
Serquiz destaca ainda que o projeto terá papel fundamental na adaptação das tecnologias offshore às condições do Brasil e comenta sobre os impactos previstos. Além da contribuição em engenharia e tecnologia para o setor eólico offshore emergente do país e para a sustentabilidade ambiental, a planta-piloto, segundo ele, terá impactos concretos na economia, fomentará a indústria local, atrairá investimentos, desenvolverá uma nova cadeia produtiva e ampliará a qualificação da mão de obra no Rio Grande do Norte.
O presidente enfatizou que esta foi a primeira licença concedida para um projeto de energia eólica offshore tanto no Brasil quanto na América Latina — uma meta que vinha sendo perseguida pelo setor. “Este é um marco histórico para o país e, especialmente, para o Rio Grande do Norte. Essa conquista, liderada pelo Sistema FIERN por meio do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, posiciona nosso estado na vanguarda da transição energética, com protagonismo nacional e internacional”, disse.
Investidores
Em entrevista ao veículo, o diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello, ressaltou que após a concessão da licença prévia pelo Ibama, em 24 de junho, os trabalhos agora avançam para a elaboração do projeto executivo e a captação de parceiros para o Joint Industry Project (JIP). Essas atividades ocorrerão em paralelo com os esforços para obtenção da licença de instalação.
O edital convidando investidores e parceiros interessados em participar do projeto-piloto será lançado até agosto. O SENAI-RN, destaca a reportagem, iniciará agora a fase de captação de recursos e a estruturação do JIP para a primeira etapa do projeto, que inclui o desenvolvimento do projeto básico e executivo de engenharia, com cronograma e orçamento detalhados.
“Essa fase deve levar até 18 meses, período em que também esperamos obter a licença de instalação, pois vamos entregar o plano com as condicionantes exigidas na licença prévia. Então essas etapas vão avançar em paralelo”, disse Rodrigo Mello.
Já a construção, montagem e comissionamento da planta-piloto de energia eólica offshore serão realizados na segunda etapa do projeto, com duração prevista de mais 18 meses.
O diretor observa que o projeto-piloto envolverá o desenvolvimento e a análise de soluções em cada fase, com o objetivo de gerar dados para a indústria como parte das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). “A partir do momento da contratação da primeira fase — o que deve ocorrer neste segundo semestre de 2025 —, a expectativa é que a planta-piloto esteja comissionada em até 36 meses. Mas isso pode, e idealmente deve, acontecer em menos tempo”, afirmou Rodrigo Mello ao portal offshoreWIND.biz.
A chamada pública, de acordo com ele, buscará atrair recursos tanto do setor de óleo e gás quanto do setor elétrico, especialmente por meio do arcabouço legal existente no Brasil voltado ao apoio a investimentos em P&D. O valor do investimento será divulgado junto com o lançamento da chamada pública em agosto.
Notícias sobre o projeto também foram publicadas por diversos outros veículos nacionais e estrangeiros.
Texto: Renata Moura, com informações e imagem do portal offshoreWIND.biz
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