O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Norte (SENAI Natal-RN) realizou o encerramento do Curso de Assistente Administrativo, em modalidade inclusiva, em parceria com a Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Deficiências (APABB). O evento foi realizado na manhã da terça-feira (30), no auditório setorial do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT SENAI), e contou com a participação dos alunos, pais, equipe pedagógica e gestores do SENAI-RN e APABB.

 

A diretora da Escola SENAI Natal, Amora Vieira, recordou, emocionada, os momentos vivenciados durante a realização do curso. “Muitas vezes, vivemos no piloto automático, sem perceber a profundidade das coisas. Os corredores do SENAI se encheram ainda mais de significado com a realização desse projeto em parceria com a APABB”.

 

Amora também ressaltou o compromisso institucional com a inclusão. “O SENAI possui um programa nacional voltado para ações inclusivas. Compartilhei com a equipe em Brasília tudo o que estamos realizando aqui em Natal, e a resposta foi imediata: muitos aplausos e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Somos signatários da ONU e seguimos comprometidos com princípios como qualidade na educação, igualdade de gênero e erradicação da pobreza. Isso é o SENAI: genuíno, transformador e sempre em movimento”, afirma.

 

 

Para o instrutor de Formação Profissional do SENAI Natal, Wesley Rocha, foi um prazer muito grande participar da turma como instrutor. “Durante o percorrer das aulas, a gente consegue evidenciar mais ainda o que a gente já sabia antes, que é a potencialidade de cada aluno. Não só de estar dentro de sala de aula aprendendo, mas de poder exercer a função no mercado de trabalho, que é o que realmente a gente espera, que eles saiam daqui com essa bagagem acadêmica. Que eles possam aplicar o que aprenderam no mercado de trabalho, que sejam encaminhados para as vagas de emprego e que possam exercer essa função como assistentes administrativos”, relata Wesley.

 

O evento contou com apresentação cultural de encerramento. “Tivemos a apresentação deles com voz e violão, também uma apresentação de dança de uma das nossas alunas. Como trabalho de conclusão de curso, eles apresentaram o projeto que foi a construção de uma empresa que foi feito durante o curso todo. Essa empresa é resultado de todo o trabalho que nós tivemos desde o primeiro dia de aula até hoje e construída totalmente pelos alunos”, completa o instrutor.

 

 

 

A aluna Alice Moura, 27 anos, disse ser a primeira vez que fez o curso. “Eu achei bem legal o curso de assistente administrativo. Essa foi a primeira vez que eu fiz, é bem legal, é interessante o lugar, bem bonito. Fiz estudos também aqui, é incrível. Venho com os meus amigos e estou feliz”, conta Alice.

 

A mãe da aluna Mariana Costa Braga, Eugênia Maria Almeida Costa, disse que o curso foi excelente, porque ele abriu uma oportunidade para sua filha e para outras pessoas com necessidades especiais.

 

“Eles fizeram um curso numa linguagem muito mais acessível a eles, com uma carga horária adequada a eles, de três dias presenciais e os outros dois dias com atividades para fazer em casa, atividades num nível que eles também tinham condições de fazer. E até sozinhas. Então, assim, eu gostei muito, achei muito interessante. Foi uma grande oportunidade para eles”, afirma.

Eugênia Maria disse que, como pais, ficou aquela sensação de “queremos mais cursos nesse nível”.

 

“Esse curso teve o diferencial também, que foi um curso inclusivo, que tinha tanto pessoas ditas normais quanto todas as pessoas. Então, assim, foi bem interessante a proposta. E o instrutor teve um cuidado muito grande com o material, que era um material com coisas mais acessíveis. Lógico que sempre a gente tem coisas a melhorar. Inclusive, uma delas eu achei bem interessante, que foi no próprio decorrer do curso”, acrescenta.

 

 

A Gerente da APABB, Alexsandra Romualdo, destacou a importância da inclusão em seu discurso de encerramento do curso.

 

“Hoje, quando a gente fala da inclusão, o grande desafio da inclusão ainda é trabalhar a nossa meta. E foi todo o trabalho realizado na APABB e no SENAI que permitiu que hoje, de fato, a gente pudesse fazer um curso inclusivo com pessoas com deficiência e com pessoas sem deficiência. Isso é o grande resultado de um trabalho que começou há muitos anos atrás, quando nós vimos a necessidade da inclusão de fato e de direito. Então, quando o professor Wesley coloca essa questão dos alunos interagindo, incluindo com outros alunos, esse é o grande propósito também, além de capacitá-los, de entrarem nas vagas de trabalho. Então, assim, eu sou muito grata ao SENAI por ter convidado para participar desse processo, dessa formação inclusiva, dessa construção que foi conjunta”, conclui Axsandra.

 

Siga nas Redes Socias: @senairn e @apabb_rn

 

Texto e fotos: Jô Lopes