Em uma iniciativa pioneira, o SENAI-RN reuniu em uma mesma sala alunos com e sem deficiência, promovendo inclusão social e digital. O projeto, realizado pelo Centro de Educação e Tecnologias ítalo Bologna (CETIB), em Mossoró, capacitou 13 pessoas no curso de Operador de Computador, incluindo pessoas com deficiência motora e visual, ao mesmo tempo em que proporcionou a troca de experiências com participantes sem deficiência.
Com uma metodologia adaptada e recursos de acessibilidade, como leitores de tela, além do acompanhamento personalizado, o curso demonstrou que a tecnologia pode ser uma ponte para a inclusão. Além da formação profissional, com uma carga horária de 160h divididas em dois meses, o curso promoveu valores como empatia, respeito e colaboração, criando um ambiente acolhedor e motivador para todos os participantes.
O diretor do SENAI CETIB, Emery Júnior, destaca que a convivência entre os diferentes públicos ao longo do curso mostrou que a diversidade é uma força que enriquece o aprendizado e fortalece os vínculos sociais. “O sucesso da iniciativa reforça a importância de projetos educacionais inclusivos e abre caminho para novas ações que promovam a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho”, comenta.
“Com as práticas realizadas durante as aulas, os alunos se sentem mais confiantes em executar as tarefas do dia a dia, já que hoje em dia a maioria das atividades sejam elas de trabalho ou até mesmo de entretenimento necessitam que você tenha o domínio mínimo da informática”, explica o instrutor Bruno Dantas.
A oportunidade para realizar o curso surgiu durante a I Feira da Construção Civil de Mossoró, promovida pelo Sinduscon Oeste em março deste ano. O evento contou com um estande compartilhado pelas associações dos Deficientes Físicos de Mossoró (ADEFIM), dos Deficientes Visuais de Mossoró (ADVM), dos Surdos de Mossoró e Região (ASMOR) e de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Para a presidente da ADEFIM, Josy Lacerda, que também participou do curso, a experiência foi muito positiva. “Ainda existe uma ideia capacitista de que pessoas sem deficiência não se engajam com pessoas com deficiência. Mas nossa turma provou o contrário e desde o primeiro momento se conectou de uma maneira muito bonita”, relata. “Gostei muito, aprendi muito e são aprendizados que vamos levar para a vida toda. Não apenas para a atuação profissional, mas também lições para a vida pessoal”, completa.
Por Guilherme Arnaud
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