Bravo 2, projeto da Petrobras com Institutos SENAI de Inovação, é finalista de prêmio nacional

23/06/2025   15h24

Testada em uma primeira versão em 2022, a Bravo – sigla para Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore – é um modelo flutuante de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvido de forma inédita com tecnologia nacional. A segunda versão (na imagem) foi lançada no mar de Areia Branca, no RN, em 2023

 

A Bravo, tecnologia desenvolvida de forma inédita no Brasil para prospecções ligadas à energia eólica offshore, disputa nesta terça-feira (24) a final do Energy Summit Awards 2025, prêmio que destaca as iniciativas mais transformadoras do setor energético brasileiro.

 

O trabalho é fruto de projeto de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) do Cenpes – o Centro de Pesquisas da Petrobras – em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE).

 

Na premiação, a segunda fase da Bravo concorre na categoria “Projetos de Pesquisa – Academic Research”, ao lado de iniciativas de quatro Universidades Federais (UFMG, UFRJ, UFRGS e UFSCar), da Universidade de São Paulo (USP), do SENAI Cimatec e do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

 

Rodrigo Mello, diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, destacou a importância de ter o projeto no rol de finalistas. “O ISI-ER tem quatro anos de fundação, com projetos de alto impacto para a sociedade, como a Bravo”, disse.

 

“Então, ser finalista de um prêmio como esse é um direcionamento, uma validação de que estamos no caminho certo e dando a contribuição que a sociedade espera do SENAI. Como representantes da rede que liderou o projeto, independente do resultado, enxergamos essa indicação como um reconhecimento para a Rede ISI e a nossa equipe fica muito orgulhosa de estar na final desse prêmio em meio a gigantes da tecnologia”, frisou.

 

O prêmio

O Energy Summit Awards foi lançado em 2024 e, nesta edição, também inclui as categorias Projetos de Pesquisa – Corporate Research, Fundos de Investimento, Corporações, Startups, Global Award, Sustainability, Mobility e Women in Energy, que reconhece mulheres que lideram mudanças significativas e sustentáveis no setor.

 

Os vencedores serão anunciados nesta terça-feira, no primeiro dia do Energy Summit, principal evento de inovação e empreendedorismo em Energia e Sustentabilidade, organizado com o MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts. A programação será realizada na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

 

A Bravo foi inscrita no prêmio pela Petrobras, com o título “Desenvolvimento de Sistema Flutuante para Medição de Recurso Eólico com LiDAR – Fase 2”. Os finalistas na categoria foram indicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

 

O projeto é fruto de projeto de PD&I do Cenpes – o Centro de Pesquisas da Petrobras – em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE). Imagem mostra preparação para o lançamento do equipamento no mar

 

“Estar entre os indicados ao Energy Summit Awards 2025 reafirma a relevância do projeto para o desenvolvimento do setor eólico offshore brasileiro”, analisa o pesquisador líder do Laboratório de Energia Eólica do ISI-ER, Luciano Bezerra.

 

Testada em uma primeira versão em 2022, a Bravo – sigla para Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore – é um modelo flutuante de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvido pela primeira vez com tecnologia nacional.

 

A segunda etapa do projeto, que disputa o prêmio, possui maior área de convés e upgrade na parte eletrônica em relação à primeira versão. Foi lançada em 2023, a 20 km da costa do Rio Grande do Norte, para uma campanha de testes e validação do sistema, no mar de Areia Branca (RN).

 

Conhecida como Bravo 2 nesta nova fase, a boia pesa 7 toneladas, tem 4 metros de diâmetro e 4 metros de altura. Sua autonomia de energia é garantida por módulos de energia solar fotovoltaica.

 

O equipamento tem capacidade para registrar velocidade e direção dos ventos, variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis oceanográficas, a exemplo de ondas e correntes marítimas. Todos esses dados são essenciais para determinar o potencial de uma área para a produção de energia eólica.

 

O investimento da Petrobras na primeira versão foi de R$ 11,3 milhões, através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A segunda fase foi concretizada com recursos da Cláusula de Investimentos em PD&I regulada pela ANP.

 

Texto: Renata Moura

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